O povo Arara da Terra Indígena Cachoeira Seca tem um histórico bastante emblemático de luta e resistência. Donos de um território que sofre há décadas com a violência e devastação, mais do que nunca a batalha dos Arara é pela preservação da vida e da floresta, fazendo valer a garantia de direitos territoriais e da justiça socioambiental que cabe a todos!
Impactados significativamente pela construção da Rodovia Transamazônica e da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o povo Arara, grupo de recente contato, habita uma das terras indígenas brasileiras com maior grau de vulnerabilidade,
A presença de não indígenas neste território, muitos colonos de boa-fé, mas também a ocupação por parte de organizações criminosas especializadas na extração ilegal de madeira, desde os anos de 1970, vem transformando o cotidiano da comunidade indígena que vive aterrorizada. (Ver Mapa de Conflitos)
E uma das principais consequências da ocupação não indígena na região é o desmatamento que segue desenfreado no território Arara. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2020, a Terra Indígena Cachoeira Seca, esteve pelo 6º ano consecutivo no topo da lista das terras indígenas mais desmatadas do Brasil.
Localizada no oeste do Estado do Pará entre os rios Xingu e Iriri, a T.I. Cachoeira Seca soma mais de 730 mil hectares de área. E faz parte de um mosaico conhecido como Terra do Meio, local que abriga uma das maiores biodiversidades da Amazônia. Mas todo tipo de vida dentro deste território está sob constante ameaça.
Portanto, o atual momento histórico coloca a proteção do povo Arara e a preservação da Terra Indígena Cachoeira Seca no centro da luta por justiça socioambiental. E a campanha “Povo Arara - Guardiões do Iriri”, que tem como objetivo defender os direitos territoriais desse povo, é uma ação necessária e que condensa, simbolicamente, os direitos ambientais de todos os brasileiros.
Todos os direitos devem ser respeitados. Nenhum direito deve ser violado. Nem mais, nem menos.
Chega de violência e devastação!
Precisamos da sua ajuda nessa corrida contra o tempo.
Após 30 anos de espera, em abril de 2016, o Governo Federal homologou a demarcação da Terra Indígena Cachoeira Seca. A decisão beneficiou o povo Arara com posse permanente e usufruto exclusivo da área. No entanto, o povo Arara aguarda pela desintrusão, ou seja, a retirada dos não indígenas que ocupam seu território. Essa medida que coloca fim ao processo de regularização fundiária é essencial para barrar o desmatamento desenfreado desta área.
Leia o texto da petição da campanha “Povo Arara - Guardiões do Iriri” na íntegra e saiba quais as motivações e reivindicações dos Arara.
ACESSE O LINKO contato com o povo Arara da Terra Indígena Cachoeira Seca ocorreu definitivamente em 1987 com a Frente de Atração Arara/Funai. A partir do contato, o grupo que nesta época contava com pouco mais de 30 integrantes, todos gerados de uma única mulher - Tjibié Arara, foi aldeado em uma localidade próxima à foz do igarapé Cachoeira Seca. É na aldeia Iriri, que fica à margem direita do rio de mesmo nome, que o povo Arara faz morada.
Povo Arara - Guardiões do Iriri.
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